As receitas das 100 maiores locadoras de máquinas que fazem parte do ranking anual da revista IRN mais do que dobraram na última década. É o que fica demonstrado no relatório The Global Rental Industry, produzido pela IRN com a consultoria de inteligência de mercado Off-Highway Research (OHR).
O extraordinário crescimento do setor equivale a uma taxa anual de crescimento composta de quase 9%. No mesmo período, as vendas mundiais de equipamentos de construção tiveram um crescimento de apenas 4%. Mesmo considerando os impactos da Covid-19, a consultoria OHR prevê que em 2024 o conjunto das maiores empresas de locação na lista chegará a €75 bilhões em faturamento.
O ranking IRN100 faz uma lista anual das empresas locadoras de máquinas e outros produtos, baseando-se no número de faturamento. Também se medem outros critérios, como número de filiais, investimento e tipo de locação praticado. Os dados de mais de uma década foram analisados pela OHR para mostrar as principais tendências do setor.
Para o diretor da OHR, Chris Sleight, “a consolidação do mercado tem sido o principal motor do crescimento nas receitas das locadoras em todo o mundo, mesmo em mercados avançados como Europa, Japão e América do Norte. Também se percebe que a participação das locadoras generalistas cresceu (aquelas locadoras que alugam linhas amplas de equipamentos e ferramentas), dado que na última década elas entraram em mercados como plataformas de acesso aéreo e geradores, que antes eram reserva de empresas mais especializadas”.
“Além disso, há uma clara tendência em todo o mundo de empreiteiras que antes mantinham frotas próprias e agora alugam. Trata-se de uma mudança cultural lenta para muitos, e há lugares em que isso se dá mais rapidamente que outros. No entanto, acreditamos que estas tendências seguirão se aprofundando”, diz o executivo.
Sleight continua com sua análise afirmando que “um dos resultados disto é que as grandes locadoras agora estão entre as maiores compradoras de equipamentos de construção no mundo. Muitas delas fazem investimentos de mais de € 1 bilhão por ano, e entre as maiores os investimentos se aproximam de € 2 bilhões por ano”.
O relatório também analisa outras tendências do setor, como a prevalência de operações de locação realizadas diretamente por fabricantes OEM e seus distribuidores, e aspectos como propriedade pública e privada de ativos. Relacionam-se também dados de receita com dados econômicos como PIB e venda geral de equipamentos de construção.
O relatório em inglês pode ser adquirido neste link.
Fonte: https://www.construcaolatinoamericana.com/noticias/receitas-de-grandes-locadoras-dobraram-na-ultima-decada/146121.article