Às vésperas do início da próxima safra de balanços, algumas construtoras com ações listadas na Bolsa – como Cyrela (CYRE3), Cury (CURY3), Even (EVEN3), Melnick (MELK3) e Moura Dubeux (MDNE3) –estão preparando o terreno, divulgando prévias operacionais do terceiro trimestre.
Os resultados foram variados, assim como os reflexos no pregão: enquanto as ações de Cyrela, Even, Melnick e Moura Dubeux recuavam mais que o Ibovespa por volta das 12h40 desta quinta-feira (14), as da Cury subiam.
Analistas do mercado financeiro avaliaram que, de modo geral, as empresas focadas em públicos de renda média e alta tiveram lançamentos de imóveis robustos no trimestre, mas enfrentaram uma desaceleração na velocidade de vendas.
Foi o caso da Melnick, por exemplo, que reportou aumento de 90% nos lançamentos do trimestre, com R$ 163 milhões de VGV (valor geral de venda), mas redução de 29% nas vendas líquidas correntes, somando R$ 99 milhões.
Na Even, as vendas líquidas somaram R$ 277 milhões entre janeiro e setembro, uma queda de 42,3% em relação a 2020, embora os lançamentos tenham aumentado em quase 6%.
“Todos os olhos devem estar voltados para a dinâmica em evolução entre vendas, lançamentos e níveis de preços, embora esperemos que a Even no trimestre mantenha os dados financeiros em uma tendência saudável na demonstração de resultados e um balanço muito sólido”, disseram os analistas do BBI em relatório.
Na frente de baixa renda, a Cury reportou dados operacionais fortes, impulsionados por lançamentos recordes – foram seis empreendimentos no terceiro trimestre, com um VGV de R$ 720,2 milhões, 81,5% superior ao do mesmo período de 2020.
“A geração de caixa operacional atingiu R$ 64,7 milhões no trimestre contra R$ 55,9 milhões em igual período do ano passado, explicada pelo forte aumento nos repasses”, avaliou a XP em relatório, reiterando as ações da Cury como top picks.
Diante dos resultados, é hora de comprar ou de vender as ações do setor de construção civil? Confira a recomendação dos analistas para cada um dos papéis na reportagem de Lara Rizério, publicada no InfoMoney:
► Fortes lançamentos, desaceleração nas vendas: o que as prévias de Cyrela, Even e de mais construtoras mostraram sobre o setor
Galpões logísticos a todo vapor
Ainda no campo imobiliário, o setor logístico tem demonstrado força em 2021. Entre janeiro e setembro, o volume de novos galpões entregues alcançou 1,1 milhão de metros quadrados.
É praticamente o mesmo número registrado durante todo o ano passado, que foi de 1,15 milhão de novos metros quadrados, de acordo com dados do terceiro trimestre da plataforma de informações imobiliárias SiiLA Brasil.
Com os dados apurados no terceiro trimestre de 2021, o estoque total de galpões logísticos no país superou a marca de 19 milhões de metros quadrados.
Os fundos imobiliários têm aumentado consideravelmente o volume de área bruta locável (ABL) no estoque de galpões logísticos. “Os 25 FIIs que acompanhamos, em conjunto, detêm em torno de 6,3 milhões metros quadrados de ABL”, pontuou Flávio Pires, analista de fundos imobiliários do Santander.
Fonte: Infomoney