Os dados têm como base pesquisa feita com 461 empresas do setor entre 1º a 14 de outubro. Valores acima de 50 indicam aumento do emprego frente ao mês anterior, e resultados abaixo de 50 pontos indicam queda na mesma comparação.
De acordo com a CNI, essa foi a quarta alta consecutiva do índice de empregados, que se afastou ainda mais da sua média histórica de 43,9 pontos. Com isso, o indicador atingiu o maior patamar desde abril de 2012 (51 pontos), ou seja, em pouco mais de oito anos.
“Se olharmos a série histórica, vamos ver que faz muito tempo que o índice de evolução do emprego não cruza a linha divisória de cinquenta pontos como ocorreu no mês de setembro. Só não podemos esquecer que as altas registradas foram precedidas por fortes quedas observadas em março e abril, que haviam levado o emprego a um patamar muito baixo”, avaliou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
O índice de evolução do nível de atividade da construção civil somou 51,2 pontos em setembro, com queda de 0,2 ponto em relação ao patamar agosto.
Como segue acima da marca dos 50 pontos, a CNI afirma que isso indica “aumento do nível de atividade da indústria da construção” na comparação com o mês anterior.
Ao mesmo tempo, o nível de utilização da capacidade operacional, ou seja, da capacidade de produção do setor, cresceu em setembro pelo quinto mês consecutivo, com alta de dois pontos percentuais, para 62%.
“O percentual é idêntico ao registrado em setembro de 2019, e supera os percentuais registrados entre os anos de 2015 a 2018”, informou a CNI.
Otimismo e custo de matérias-primas
Segundo o levantamento, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-Construção) se manteve estável entre setembro e outubro, em 56,7 pontos.
“A estabilidade ocorre após cinco altas seguidas, se dá em patamar elevado e aponta para um sentimento de confiança otimista e disseminado entre os empresários da indústria da construção”, avaliou a CNI.
A organização acrescentou que as cinco altas consecutivas levaram o índice a recuperar a maior parte da queda da confiança acumulada em março e abril.
Entre os índices de expectativa, o único que não apresentou queda foi o de expectativas de números de empregados.
Apesar disso, a CNI informou que “todos os índices permanecem acima da linha divisória de 50 pontos, indicando que os empresários da indústria da construção mantêm o sentimento de otimismo”.
A organização informou também que, em primeiro lugar no ranking de principais problemas enfrentados pela indústria da construção no terceiro trimestre, está a falta ou alto custo da matéria-prima, indicado por 39,2% dos empresários.
Fonte: Por G1 — Brasília