Segundo Marcelo Abuhamad, CEO do Bonö Group, embora o setor tenha registrado crescimento de conexões este ano, o ritmo tem ocorrido de forma mais gradual em comparação com os períodos anteriores
fonte Assessoria de Imprensa
Com a alta demanda dos consumidores brasileiros por sistemas de energia solar verificada nos últimos anos, o setor fotovoltaico deve assumir patamares de crescimento mais estáveis nos próximos 12 meses, com maior procura por tecnologias sinérgicas de eletromobilidade, como carregadores de veículos elétricos, e baterias para armazenamento de energia combinado com painéis solares.
A análise é de Marcelo Abuhamad, CEO do Bonö Group, holding que reúne várias empresas da cadeia de valor de setor de energia no Brasil.
Segundo o executivo, embora o setor tenha registrado crescimento de conexões este ano, resultado das vendas de 2022, o ritmo tem ocorrido de forma mais gradual em comparação com os períodos anteriores.
“Nos próximos anos, o setor de energia continuará crescendo e deve ser impulsionado também pela maior inserção da fonte solar na cadeia da matriz energética, pela facilidade e pela agilidade de implementação da tecnologia”, comenta.
“Ainda há muito espaço para as usinas crescerem no país, bem como há muito espaço para inovações no setor, mas esse crescimento ocorrerá de forma mais natural. A tendência é que haverá mais usinas, tanto centralizadas quanto distribuídas, cujos custos para implantação estão cada vez menores, melhorando o payback e o retorno financeiro projetado para as novas usinas. O horizonte de crescimento é enorme, pois há no país quase 100 milhões de unidades consumidoras e apenas 3 milhões abastecidas por sistemas fotovoltaicos”, acrescenta Abuhamad.
Para 2024, o executivo acredita que haverá mais atratividade e viabilidade para a eletromobilidade. “O mercado de energia renovável é de interesse internacional, por isso o apelo para tantas facilidades sendo destinados ao setor. E a expectativa é ampliar o uso da energia fotovoltaica não só para abastecer estabelecimentos e domicílios, mas também para pontos de recarga de veículos elétricos”, destaca.
Segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), as vendas de veículos elétricos no país tiveram o melhor desempenho da história neste primeiro semestre. Foram mais de 32,2 mil emplacamentos de janeiro a junho de 2023, 20% do total de VLEs do Brasil. A frota total chegou a 158.678 VLEs até o final do primeiro semestre, atingindo um crescimento de 58% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Tal crescimento é acompanhado pela maior presença de pontos de recarga. Segundo a ABVE, o total dos eletropostos no país foi de aproximadamente 3.200 unidades de carregamento público, até o final do primeiro semestre de 2023. E a perspectiva do setor é chegar em mais de 10 mil unidades até 2025, públicos e semipúblicos.
Abuhamad afirma ainda que esse mercado, já consolidado na Europa, está sendo cada vez mais incentivado e absorvido pelo resto do mundo. “O Brasil tem poder de capital de compra e acesso a crédito para manter o desenvolvimento de forma crescente. A tendência dos próximos anos é primeiro acentuar a mobilidade, a infraestrutura de carregamento veicular, e logo na sequência, o crescimento o uso de sistemas de armazenamento em banco de baterias”, afirma.