Na semana em que o mercado financeiro aumentou as expectativas para a inflação no País, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central promoveu a quarta alta consecutiva da taxa Selic, que passou de 4,25% para 5,25% a.a. Com essa elevação, a taxa alcançou o seu maior patamar desde setembro de 2019, quando era 5,50% a.a. Importante ressaltar que a Selic iniciou 2021 em 2%.
De uma forma geral, segundo a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, após três elevações seguidas de 0,75 ponto percentual da taxa Selic, essa aceleração já era esperada pela maioria dos analistas financeiros.
“Há 17 semanas a pesquisa Focus, do Banco Central, com analistas do mercado financeiro vem elevando as suas projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação no País, que é calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A estimativa da pesquisa é de que a Selic encerre 2021 em 7% a.a, patamar que deverá ser mantido durante todo o ano 2022, voltando a sofrer queda somente em 2023 (6,5%), permanecendo assim até 2024.
“É preciso considerar que, para conter o avanço dos juros e da inflação e estimular as atividades econômicas, o Brasil necessita das reformas estruturais consistentes que contribuam para o desenvolvimento dos segmentos produtivos. Elas podem proporcionar a confiança que os investimentos precisam para serem consolidados e podem, ainda, tornar o ambiente de negócios mais saudável. O Brasil precisa avançar neste aspecto”, frisa a economista da CBIC.
Acesse a íntegra de análise sobre o assunto no Informativo Econômico do Banco de Dados da CBIC.
A matéria integra o “Projeto Banco de Dados da CBIC” da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
Fonte: CBIC