Canteiro de obras ficará ainda mais digital no futuro

Fonte: Assessoria de Imprensa

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O engenheiro Rick Yelton, que é o editor geral do World of Concrete, a maior feira sobre concreto e derivados do mundo, organizada pela Informa Markets, foi o keynote speaker que abriu a sequência de apresentações de conteúdos exclusivos do Concrete Show Xperience.

O evento 100% digital voltado para o setor da construção e a cadeia produtiva do cimento e concreto acontece entre os dias 10 e 12 de novembro.

Yelton começou a palestra de abertura pontuando as principais tendências e inovações que devem ganhar força nos próximos anos no universo da construção, em especial na cadeia do cimento e concreto.

Entre essas tendências estão a integração de dispositivos que utilizam a tecnologia da internet das coisas (IoT) com maquinários, equipamentos e até o vestuário dos operários no canteiro de obras.

“A tecnologia IoT não é uma novidade, mas é um ativo importante que está transformando o setor da construção, com aplicações nos processos de fabricação do concreto e nas questões de segurança dos trabalhadores”, afirmou Yelton.

Ele explicou que existem dispositivos no mercado, inclusive de origem militar, que são aplicados em artigos do vestuário dos trabalhadores, como capacetes, coletes e botas.

“São componentes que podem ser adicionados sem muitas modificações ao vestuário e que indicam a localização em tempo real e também fazem a medição da temperatura corporal da pessoa. O que pode ser valioso para os trabalhadores que ficam muito tempo expostos ao sol, por exemplo”, aponta o editor geral do World of Concrete.

Outras tendências exemplificadas por Yelton foram o uso de realidade aumentada e virtual e o machine learning.

Entre as possibilidades destas inovações estão a criação de programas virtuais para o treinamento seguro de operários para o bombeamento de concreto, scanners para o monitoramento no nivelamento de pisos e robôs para a inspeção da obra em locais de difícil acesso.

Outro ponto indicado foi o crescimento da manufatura aditiva, que significa a criação de objetos sólidos por sucessivas camadas de material, depositadas com precisão geométrica a partir de softwares de modelos digitais ou impressoras tridimensionais (3D).

Para finalizar, ele falou de adaptações que foram aceleradas devido à pandemia da Covid-19, uma vez o que o setor é considerado um serviço essencial e, portanto, não parou as atividades.

“Tem uma empresa da Nova Zelândia que desenvolveu o aplicativo de alerta de proximidade SaferMe, que emite um alarme no caso de duas pessoas ficarem próximas ao ponto de violar a distância segura imposta por protocolos de saúde”.

Resfriamento de concreto é a solução da vez
Ainda no bloco da manhã do evento on-line, o assunto voltou-se para o resfriamento de concreto, com a palestra do gerente de serviços e operações especiais da Air Liquide (líder mundial em gases, tecnologias e serviços para os setores industriais e para a área da saúde), Evaldo Fanton.

O executivo apresentou a inovadora solução da empresa para este objetivo, a Cryocrete, que utiliza uma das mais eficazes substâncias de resfriamento do mundo, o nitrogênio líquido.

“A tecnologia de resfriamento da Air Liquide – Cryocrete é a solução indicada para atender as mais rigorosas exigências e especificações térmicas dos processos de derrame de concreto, inclusive sob condições de temperatura extremamente elevadas, já que utiliza o nitrogênio líquido como sua matéria prima (após armazenamento a 196 graus negativos de temperatura)”, disse Fanton.

Este fator proporciona diversas vantagens às operações construtivas. E o executivo enumerou as principais. “Quando falamos em vantagens técnicas deste sistema, vemos uma maior flexibilidade e precisão no controle de temperatura, um resfriamento mais rápido do que outros modelos (entre 5 e 8 minutos apenas, enquanto, quando se utiliza gelo, este tempo varia de 15 a 30 minutos) e uma excelente performance, mesmo em áreas e regiões mais quentes”, afirmou.

“Já quando o assunto são os benefícios econômicos, vemos ainda um baixo consumo de energia do sistema, pouca necessidade de manutenção e a possibilidade de se efetuar uma operação sem a obrigatoriedade de contar com operadores adicionais”, acrescentou.

Para finalizar, Fanton comentou ainda alguns dos cases de sucesso mais recentes da Air Liquide. “Um deles foi a participação na construção do Viaduto Santo Amaro, há dois anos, que integra as obras de ampliação da Linha 5 – Lilás do Metrô de São Paulo. Neste caso, foram utilizados 223 mil litros de nitrogênio líquido e 768 m³ de concreto resfriado, além de 96 betoneiras para o transporte dos materiais”, completou.