Atendendo a uma demanda crescente

Fonte: https://www.construcaolatinoamericana.com/news/atendendo-a-uma-demanda-crescente/8014786.article

De acordo com a recente pesquisa Focus do Banco do Brasil, a economia brasileira crescerá 5,18% e a construção civil poderá contribuir significativamente para a geração de emprego e renda do país, além de fortalecer a economia.

A pandemia do coronavírus atingiu todo o Brasil, mas, ao contrário da maioria dos setores da economia, a construção civil vive um período de boa atividade, criou novos empregos formais e vem recuperando seu processo produtivo, embora a um ritmo mais lento do que poderia.

Após o desempenho de junho deste ano, considerado o melhor do semestre, a Câmara da Indústria da Construção Civil (CBIC) elevou sua estimativa para o PIB da construção civil de 2,5% para 4% em 2021.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), no ano, o crescimento registrado pela indústria de materiais de construção é de 24,4% em relação ao mesmo período de 2020.

Outro ponto positivo é que o indicador de confiança do setor imobiliário elaborado pela Deloitte em conjunto com a Associação Brasileira das Incorporadoras de Imóveis (Abrainc), a partir de uma pesquisa com a participação de 50 construtoras e promotoras do setor imobiliário residencial, mostrou crescimento do setor. As expectativas continuam otimistas para os próximos meses e também para o longo prazo.

Aumento de custo

Uma consequência desse ‘aquecimento’ no setor é o aumento dos preços de praticamente todos os materiais de construção. Para se ter uma ideia melhor, é importante destacar que em 12 meses houve um aumento incrível de 32,81% nos preços dos materiais de construção.

O aço subiu mais 120% em um ano, o que também afetou o preço dos equipamentos, sem falar do cobre, do plástico etc.

Esse aumento de custos deve ser repassado para o valor do aluguel de equipamentos, o que no mercado brasileiro não é muito fácil e a ALEC tem trabalhado para conscientizar as locadoras. É extremamente importante que os locatários mantenham o padrão de excelência em seus equipamentos em termos de segurança e tecnologia, além de renovação de frota, treinamento de funcionários e atendimento.

Se esses aumentos de preços não forem repassados, as máquinas serão sucateadas e o risco será grande.

Desde junho, a ALEC realiza eventos presenciais, Alugar Regional (Alquier Regional), respeitando todos os protocolos de segurança devido à pandemia, reunindo proprietários de todo o interior do estado de São Paulo, o mais representativo estado do Brasil.

A presença dos proprietários é grande, o resultado tem sido extremamente positivo e o comprometimento entre os empregadores mostra mais uma vez a força do sindicato. A nossa Associação promove precisamente isso, a profissionalização do mercado, a divulgação do conhecimento, o networking e a troca de informação.

Existe o risco de falta de equipamentos para atender a demanda crescente.

O levantamento setorial da FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostra que entre os segmentos industriais com baixos estoques, a escassez de insumos continuou acentuada para a indústria de produtos de metal, na qual 23,8% do setor indica escassez de matéria-prima como principal entrave à produção, seguido por fabricantes de produtos plásticos (22,3%), máquinas e equipamentos (19,3%) e metalurgia básica (16,9%).

O mercado da construção civil está ‘aquecido’ e as indicações indicam que estará ainda mais no ano que vem, por isso devemos nos preparar para esse cenário com preços justos e estoque de máquina